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segunda-feira, 14/07/2025

Caesb aplica R$ 100 milhões para diminuir desperdício de água

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Em Brasília

O Governo do Distrito Federal (GDF), através da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), firmou nesta segunda-feira (1º) um acordo de financiamento no valor de R$ 100 milhões com o Banco do Brasil. A finalidade é intensificar a redução do desperdício de água na capital, conforme as determinações do Marco Legal do Saneamento. Esse recurso será destinado à substituição de mais de 550 mil hidrômetros nos próximos cinco anos.

“Vamos trocar 550 mil hidrômetros e, com isso, pretendemos diminuir as perdas e modernizar todo o sistema do Distrito Federal. Vamos continuar avançando cada vez mais”, declarou o governador Ibaneis Rocha.

Essa iniciativa busca aprimorar a eficiência da Caesb, diminuindo os gastos relacionados à produção, transporte e tratamento da água. Essa melhoria refletirá diretamente na tarifa dos consumidores, pois a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) inclui a redução das perdas no cálculo tarifário.

De acordo com o presidente da Caesb, Luis Antonio Reis, o parque de hidrômetros de Brasília encontra-se obsoleto e precisa ser renovado. “Este financiamento nos possibilitará, nos próximos cinco anos, substituir 550 mil hidrômetros”, esclareceu.

Além de modernizar a infraestrutura, essa troca previne a submedição — situação em que hidrômetros antigos registram um consumo inferior ao real, o que pode encobrir vazamentos, dificultar o controle do uso e causar prejuízos ao sistema. Espera-se que essa atualização economize cerca de 500 litros de água por segundo, equivalendo a 15 milhões de metros cúbicos por ano, volume suficiente para abastecer cerca de 225 mil habitantes, ou o equivalente a quase seis mil piscinas olímpicas.

“É como se estivéssemos criando uma nova estação de tratamento de água, sem impactar o meio ambiente, apenas reduzindo o desperdício”, avaliou Reis.

Entre 2023 e 2024, a Caesb já substituiu mais de 150 mil hidrômetros, recuperando aproximadamente 4 milhões de metros cúbicos de água anualmente — suficiente para atender 60 mil habitantes. Também houve uma redução de mais de três milhões de quilowatts-hora em consumo de energia elétrica, evitando a emissão de gases poluentes na atmosfera.

O financiamento, realizado com o Banco do Brasil através do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), inclui R$ 80 milhões financiados e R$ 20 milhões de contrapartida da própria Caesb. A companhia contará com cinco anos de carência e mais dez anos para quitar a dívida, totalizando um prazo de 15 anos para amortização.

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