Brasil
Butantan anuncia na terça eficácia geral da CoronaVac, diz secretário de Saúde de SP
No fim de semana, a Anvisa solicitou mais detalhes sobre a Coronavac, após o envio da documentação inicial

BRAZIL – 2020/11/10: In this photo illustration a medical syringe seen with CoronaVac logo displayed in the background. Sinovac and Butantan Institute are testing the vaccine in Brazil. (Photo Illustration by Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket via Getty Images) (SOPA Images / Colaborador/Getty Images)
O Instituto Butantan anunciará em entrevista coletiva na terça-feira o dado de eficácia geral da CoronaVac, potencial vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e testada no Brasil pelo instituto paulista, disse em entrevista à GloboNews o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn.
Na quinta-feira, o governador de São Paulo, João Doria, ao lado do presidente do Butantan, Dimas Covas, anunciou em entrevista coletiva que a vacina tinha eficácia de 78% a 100% contra o coronavírus e que a potencial vacina foi 100% eficaz na prevenção de casos graves e moderados de Covid-19.
Na entrevista, Dimas Covas se recusou a divulgar os dados detalhados do estudo clínico em Fase 3 feitos no Brasil com a CoronaVac.
Na entrevista à GloboNews, Gorinchteyn disse que os dados anunciados na quinta são “secundários” e também não divulgou qual a eficácia geral do potencial imunizante. Ele disse que Covas dará uma nova entrevista coletiva na terça-feira para divulgar dados detalhados.
Na sexta, o Butantan ingressou na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com um pedido de uso emergencial da CoronaVac no país.
Doria: informações foram encaminhadas à Anvisa no sábado e domingo
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que foram repassadas durante o fim de semana todas as informações complementares requeridas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ao Instituto Butantan para liberação do uso da vacina Coronavac.
Segundo Doria, “chama a atenção” o fato que as informações fornecidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entidade ligada ao Ministério da Saúde e ao governo federal, estavam completas e o relatório de 12 mil páginas do Butantan não.
O governador tucano sustentou que o início da vacinação no Estado de São Paulo está mantido para o dia 25 de janeiro. De acordo com Doria, o prazo de 10 dias para análise pela Anvisa já está em curso.

Brasil
Pazuello pede confiança no SUS e diz que ‘nosso país é um só’
O objetivo do programa é capacitar mais de 94 mil profissionais de saúde que atuam direta ou indiretamente nas ações de imunização em municípios de todo o país
Brasil
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Foram constatadas fraudes em 1.119 prestações de contas das instituições sob suspeita, totalizando mais de R$ 14 milhões desviados.
Brasil
Com Manaus em colapso, Pazuello diz que ações são com “prefeito e governador”
Ministro da Saúde viaja à capital do Amazonas nesta quinta-feira (21/1) para, segundo ele, “acompanhar e apoiar”, mas destaca que ações cabem à esfera municipal e estadual. Sistema entrou em novo colapso e médicos estão tendo que decidir quem é enviado às UTIs
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, viaja nesta quinta-feira (21/1) a Manaus em meio a um novo colapso do sistema de saúde da capital do Amazonas. A situação é crítica e, como divulgado pelo Correio, um novo plano de ação foi adotado, no qual os médicos estão tendo que decidir quem vai ou não para as unidades de terapia intensiva (UTIs).
A jornalistas, o ministro afirmou nesta quinta-feira que vai à cidade “acompanhar e apoiar”. “As ações em Manaus estão a cargo do prefeito e do governador. Elas não estão a cargo do ministério. O ministério é um apoio. Tudo que o governador, tudo o que o secretário de município pediu está sendo feito ou já foi feito, e nós vamos continuar fazendo o que for necessário. Ir a Manaus é mostrar a presença do ministério onde está mais difícil”, afirmou.
Crise anunciada
Na quinta-feira da semana passada, no dia 14, a situação em Manaus se agravou quando houve falta de oxigênio e pacientes começaram a morrer por asfixia. Na ocasião, o ministro havia deixado o município um dia antes. Na segunda-feira anterior (11), em pronunciamento, o ministro afirmou que atenderia 100% da demanda na região e citou a falta de oxigênio.
No último dia 18, a Advocacia Geral da União (AGU) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o governo federal sabia da crise de falta de oxigênio em Manaus desde o dia 8 de janeiro, sexta-feira, seis dias antes de o sistema entrar em verdadeiro colapso e pacientes na capital do Amazonas morrerem por asfixia.
O próprio ministro falou sobre o assunto, reiterando as informações já repassadas pela AGU. “Não havia a menor indicação de falta de oxigênio. A elevação (da demanda) foi muito rápida. E tomamos conhecimento que ela chegou no limite quando a empresa nos informou. Só soubemos no dia 8 de janeiro”, afirmou.
Brasil
O que está por trás da falta de matéria-prima para vacinas, que ameaça imunização no Brasil
Especialistas alertam que a vacinação contra a covid-19 pode ser interrompida em pouco tempo por falta total de imunizantes
As dificuldades na importação de doses e de insumos para produzir vacinas são uma grande ameaça à campanha de imunização brasileira, iniciada neste domingo, 17, em São Paulo. Para especialistas, há risco real de a vacinação contra a covid-19 ser interrompida em pouco tempo, por falta total de imunizantes.
O plano de imunização começou com apenas seis milhões de doses da Coronavac, importadas da China. Outros dois milhões de doses do imunizante de Oxford, produzidas na Índia, já deveriam ter chegado. Mas, depois de dois adiamentos, o governo desistiu de fixar nova data para receber o produto. O volume disponível não é suficiente nem mesmo para vacinar os profissionais de saúde, que somam cinco milhões de pessoas no Brasil.
O Instituto Butantan tem 4,8 milhões de doses em fase final de produção, mas aguarda nova autorização da Anvisa para uso emergencial. O pedido foi feito ontem. O órgão não recebeu novas remessas do Insumo Farmacêutico Ativo, o princípio ativo da vacina, importado da China.
“Temos um carregamento de matéria-prima pronto lá na China para ser despachado”, afirmou o presidente do Butantan, Dimas Covas. “Estamos aguardando apenas a autorização do governo chinês para poder trazer e, assim, iniciar a 2ª etapa de produção. Mas dependemos da matéria-prima para poder continuar esse processo.” Segundo ele, o problema é de ordem burocrática, sem detalhar.
O Butantan tem capacidade para fabricar um milhão de doses por dia, segundo Covas. Mas, para isso, depende de insumos feitos pelo laboratório chinês Sinovac que precisam ser importados. “A capacidade de produção foi atingida, mas precisamos dessa matéria-prima”, disse Covas. A instituição estimar que ainda demore dez meses para ter capacidade de produzir a vacina sem depender de insumos importados. Uma nova fábrica do Butantan está em construção na zona oeste de São Paulo.
Covas não informou quantas doses poderão ser feitas com a matéria-prima que aguarda importação. “Mil litros (da matéria-prima) dão origem a um milhão de doses”, disse.
Oxford
Já Fiocruz nem começou a sua produção. A instituição ainda não recebeu nenhuma remessa do IFA para a vacina de Oxford/AstraZeneca. O produto também vem da China. Em nota, a instituição informou que a chegada dos insumos em janeiro ainda está dentro do calendário contratual.
Por contrato, se a AstraZeneca não entregar o princípio ativo, deve fornecer as vacinas prontas. A farmacêutica diz que continua trabalhando na liberação dos lotes de IFA, na China. Segundo Pazuello, o governo chinês não está sendo célere na liberação da burocracia para a exportação das substâncias.
Sobre a importação de dois milhões de doses prontas do imunizante de Oxford, plano que o governo previa executar no fim de semana, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse ontem que ainda não havia recbido “resposta positiva” sobre a compra. Sem citar uma data, ele disse que teve “sinalização” de que o embarque vai se resolver nesta semana.
Especialistas concordam que, independentemente do ritmo, foi muito importante ter começado a campanha de imunização, ainda que com muito poucas doses disponíveis.
“Certas estratégias não podem ser postergadas. Estamos no auge do número de novos casos e óbitos, qualquer estratégia com evidência científica deve ser implementada, mesmo que o ritmo da vacinação não seja o ideal”, afirmou o chefe do setor de infectologia da Unesp, Alexandre Naime Barbosa. “Esse é o preço que estamos pagando pela falta de planejamento por parte do governo federal.”
Especialistas destacam que o governo não levou adiante as negociações com a Pfizer e a Moderna para a compra de imunizantes. Lembram também que, num primeiro momento, o País não quis entrar no consórcio da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a compra de vacinas e, por fim, quando decidiu participar, foi com apenas 10% das doses. Segundo explicou o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, é uma tradição brasileira fazer esse tipo de compra em pool. É uma forma a ganhar preferência dos fabricantes.
“Isso tudo nos coloca numa condição extremamente fragilizada, sobretudo diante do aumento de demanda global para todas essas fábricas, como a da Índia, que estão com um cronograma altamente apertado em razão das próprias demandas internas e de outras externas”, resume o virologista Flávio Guimarães, da UFMG.
“Mais do que nunca, vejo como alternativa a continuação do investimento brasileiro num imunizante nacional; temo que o fornecimento externo não vá oferecer a cobertura que precisamos” afirma ele.
Brasil
Estoque de oxigênio acaba em cidades do Pará
Municípios enfrentam situação grave, com pacientes à beira da Morte, em cenas parecidas com as que foram vistas em Manaus
Pelo menos seis municípios do Oeste do Pará registram o colapso do sistema de saúde com os estoques de oxigênio chegando a zero. A situação mais grave é no município de Faro, onde diversos pacientes revezam um cilindro de oxigênio no hospital da cidade. Imagens publicadas pelos moradores mostram o desespero de familiares dos doentes e profissionais de saúde.
A cidade fica na divisa com o Amazonas, e muitos moradores viajaram até Manaus no final do ano para encontrar parentes. A capital do Amazonas enfrenta uma nova cepa de coronavírus, que de acordo com análises preliminares faz com que o vírus causador da covid-19 se espalhe mais rápido. O comportamento é semelhante ao identificado nas cepas que surgiram no Reino Unido e na África do Sul.
Em Faro, moradores criaram o movimento Todos por Faro tenta mobilizar o governo para envio de oxigênio. O prefeito da cidade, Paulo Carvalho (PSD), afirmou que pelo menos 40 pacientes estão internados no distrito de Maracanã com saturação abaixo de 80%. Isso significa grave comprometimento das funções respiratórias.
O Governo do Pará intensificou a fiscalização em Santarém, Juruti, Terra Alta, Faro, Óbidos e Oriximiná, para evitar a entrada de moradores do Amazonas. O temor é de que a epidemia se agrave, principalmente em razão da nova cepa. “Somos solidários com o povo do Amazonas, mas neste momento precisamos resguardar a vida da nossa população”, disse o secretário regional de Governo da região Oeste, Henderson Pinto, em visita à região no domingo (17), de acordo com o site O Liberal. O município de Juriti também registra grave comprometimento dos estoques de oxigênio.
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