Poucos dias depois da morte da turista brasileira Juliana Marins, que sofreu uma queda durante uma caminhada no Monte Rinjani, na Indonésia, outro visitante enfrentou um acidente na mesma região. Na última sexta-feira, dia 27, um alpinista da Malásia foi socorrido após escorregar em uma área rochosa e úmida, aproximadamente 200 metros da ponte que leva ao Lago Segara Anak.
Segundo o jornal Jakarta Globe, o homem, identificado apenas pelas iniciais “NAH”, estava consciente no momento do resgate e foi encaminhado ao centro de saúde comunitário em Senaru para avaliação médica, onde foi constatado que ele apresentava apenas ferimentos leves na cabeça.
Esse episódio reacende o debate sobre a segurança dos turistas que visitam o local. Em 21 de junho, a publicitária Juliana Marins caiu em um desfiladeiro durante a trilha do Monte Rinjani. Após quatro dias de buscas infrutíferas, seu corpo foi encontrado pela equipe de resgate. A família denunciou negligência e demora das autoridades locais em prestar socorro.
Desde o início, as informações fornecidas pelo governo local foram controversas, com denúncias de erros e divulgação de notícias falsas. As autoridades chegaram a informar à família que Juliana havia recebido alimentos e água, o que não ocorreu. Os socorristas só conseguiram alcançar o local do acidente após quatro dias.
O Monte Rinjani, situado na Ilha de Lombok, Indonésia, é um destino popular que atrai milhares de turistas anualmente. Com uma altitude de 3.726 metros, a trilha já registrou pelo menos 180 incidentes e oito fatalidades nos últimos cinco anos, conforme levantamento da Globonews.
Estadão Conteúdo